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Polícia, tributo a nossos heróis

Polícia

“A máscara negra que cobre o rosto dos policiais ofusca a verdadeira face dos heróis fardados. É notável o quanto essa frase pode ser ambígua. No entanto, também é notável o desprestígio que a “ordem policial” tem sofrido por parte da sociedade”.

A máscara negra que cobre o rosto dos policiais ofusca a verdadeira face dos heróis fardados. É notável o quanto essa frase pode ser ambígua. No entanto, também é notável o desprestígio que a “ordem policial” tem sofrido por parte da sociedade. Vemos nos comentários diários entre populares o desrespeito, a falta de compreensão e o ódio sem razão, sobre os homens que mesmo correndo risco de vida, ganhando pouco, se arriscam a todo dia manter a ordem nas cidades. “Polícia não presta”, “Não gosto de polícia”, são frases corriqueiras feitas quando há uma ação policial sendo praticada. Mas, quem diz não percebe o papel que estes homens prestam a sociedade.

Eu mesmo já tive raiva e desprezo por policiais.

Uma noite dessas, voltando do shopping para casa num ônibus, tive a infelicidade de uma patrulha, que perseguia um suspeito, fazer a busca pessoal em mim. Eram quatro ou cinco viaturas. Uma delas fechou o ônibus, pois, acreditavam que o suspeito estava nele. Subiram dois policiais pela porta da frente, e dois por a porta de trás. Notava eu que todos tinham duas características em comum: Estavam nervosos e de armas em punho. Ordenaram que todos os homens descessem do ônibus, pois iriam fazer uma busca pessoal em todos nós. Descemos, e como foi ordenado, todos nós em posição de revista, com as mãos na lateral do ônibus esperávamos impacientemente o final daquele episódio. Ora, não tinha o que temer, já já um deles me revistaria e liberar-me-ia.

No entanto, ainda naquela posição constrangedora, senti a pancada do coturno do policial bem no meu calcanhar, e a voz nervosa: “abre as pernas”. Senhor Deus! como aquilo doeu! Puxa vida, eu não merecia aquilo, além de estar naquela posição ignominiosa, levar um chute no calcanhar? Deus do céu, como eu queria retribuir aquela dita agressão voluntária e nefasta. Todavia, ergui minha cabeça pro céu e pedi paciência a Deus. Não compreendi aquilo no momento; Por que ele me batera? Eu nada havia feito ao nervoso verdugo. Foi a partir dai que passei a desprezar toda a polícia. Não havia motivos para fazerem aquilo comigo. Surgira em mim uma grande vontade de estudar como devem ser feitas as abordagens policiais. Li o artigo 244 do Código de Processo Penal; Li alguns manuais policiais e tal. Nada justificara o que aquele dito agente estatal me fizera. Acredito ainda que esse é um dos motivos de tantas pessoas não terem simpatia com os mesmos.

Mas, meus estudos me esforçavam impiedosamente a reflexão paciente daquele episódio. Ora, aqueles policiais estavam a procura de um suspeito armado! Um suspeito que poderia muito bem me fazer de refém, ou pior, assassinar eu ou os outros. O seu nervosismo era decorrência da responsabilidade dele! Ele tinha a consciência do real perigo da situação! Enquanto isso, eu tranquilo, só me preocupara em minha integridade moral por estar em tal aperreio. Alem de tudo, ele é quem deveria procurar uma pessoa armada e possivelmente entorpecida, enquanto em casa estava a sua esposa e seus filhos a espera da sua extremamente importante chegada. É desse trabalho extremante perigoso que tira o sustento de sua família! Então, ele fora injusto comigo? Diria eu que foi uma injustiça justificável. Passei a tratá-lo como herói. Agora todos eles são meus irmãos. Mas posso afirmar: Aquilo doeu demasiado!!! (talvez a dor fora predominantemente moral, como a dor de uma simples chinelada que a mãe dá no filho e ele se põe a chorar por mais de uma hora).

Há abusos sim, mas vamos dar a César o que é de Cesar, e a Cristo o que é de Cristo. Vamos clamar por políticas públicas que os incentive, e não os condene mais uma vez a desrespeitoso calabouço do esquecimento e do desmerecimento indevido.

Hoje, sei qual é o devido respeito que um policial deve receber de todos os cidadãos. Averiguei e digo, devemos colaborar sempre e sempre com esses que tem família. Com esses que tem o perigo sobre seus ombros. Esses homens que já cansaram de sentir frio na barriga. Aqueles que não tem escolha entre o ardor da batalha, e a mansidão da paz do seu lar. São homens valorosos. Não são poucos os casos de crianças que nascem nos braços de policiais. De vidas que são socorridas por os mesmos. E dito isso senhores, vos conclamo a colaborar sempre com as ações da polícia heroína que nos protege.

Twitter: @filipejus

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