Ola senhoras e senhores, vim a cá fazer a minha primeira postagem aqui no blog de minha amiga Marilucia, que conheço há tantos anos na net.
Estou Estreando aqui a minha coluna no BN, onde tentarei pelo menos uma vez por semana, esboçar algumas opinioes sobre assuntos corriqueiros ou que vierem rapidamente na minha mente.
Hoje trataremos de uma questão que apesar de não ser tão seria quanto o guerra na Síria, ou o Aquecimento Global, é de interesse de muita gente — principalmente de nós, baianos.
Sim, estou falando de Carnaval!
êbaaa! Mas nao, nao vim para falar de Ivete, de Claudinha, ou de Carlinhos Brown — que pode ser um dos primeiros brasileiros a ganhar um oscar, sorte pra ti!! — não, não.
O assunto é serio.
Afinal, o carnaval é uma festa de muitos, ou de poucos?
É sabido, e sem sombra de duvida, que existem lugares que são muito caros de se frequentar, e que poucos abastados podem ter o prazer de frequentar. Assim como há shows que seguem a mesma linha. De forma alguma vou falar de economia, de pobreza, riqueza e essas coisas; trabalho é uma coisa só pessoal. Sim, até hoje nao temos garantias do poder publico, nao temos uma boa escola, enfim.
O papo não é esse. Falo aqui que carnaval é uma festa primariamente popular e ponto. As musicas, as marchinhas, as orquestras sinfonicas, o pau-eletrico, os bonecos de olinda, as manifestações culturais — como os afoxés — e o sagrado folião pipoca aqui na Bahia.
O grande cantor, Moraes Moreira me tirou do “sono do dogmatismo” ano passado, quando o vi falar sobre isso. Onde o carnaval baiano deve olhar majoritariamente o ‘povão’, a ‘massa’, a plebe mesmo, e Graças a Deus, rendeu grande frutos para o carnaval deste ano por aqui.
Temos vários trios independentes, como este belissimo do Armandinho, que andou viajando o exterior inclusive. Mas a triste realidade, é que a maioria dos grandes artistas — claro, para ganhar o pão merecido de cada dia — saem com grandes blocos, que se utilizam de cordas, as quais estrangulam o folião pipoca, o que não pode pagar mundos-e-fundos.
Este que vos fala já passou por apertos horrendos, e “quase brigas” desnecessárias. Nem vou falar da truculência que presenciei de representantes da Secretária de Segurança Pública que são lendários por aqui.
Nesses últimos dias fiquei pensando no carnaval que temos em Recife, no Rio de Janeiro — o cordão da bola preta — e o que temos por aqui no Pelourinho — onde ainda temos as fanfarras e não existem os blocos apertando o ‘povão’ — e cheguei numa tese interessante.
Será que a violência que vemos hoje nos nossos carnavais, não é apenas fruto do aumenta populacional + grande taxa de pobreza + aumento do problema das drogas + aumento de furtos e roubos, mas sim, o somatório de tudo isso, mais os grande blocos que pressionam os foliões com as cordas? Vejam só, não estou falando dos cordeiros — que são profissionais cujos deve ser bem tratados — nem tampouco dos turistas que trazem um pujança na economia.
Falo isso, porque nas imagens onde não temos grande blocos, as brigas diminuem consideravelmente. Eu mesmo, que já andei atrás de trios independentes, cheguei no ponto de Abraçar a cordeira do trio de Daniela Mercury — que não possui blocos de abadás carissímos, e os cordeiros dela só estão lá para evitar acidentes com o caminhão, mais ou menos como aqueles que protegem Carlinhos Brown e seu Camarote Andante, ambos dão shows de se emocionar!!
Onde quero chegar?
Ora essas, o uso das cordas de forma ostensiva causam problemas à segurança pública, porque aumentam o risco de brigas. Poderiam se fazer estudos em “brigas próximas a grandes blocos” e “brigas em trios independentes” e se veria que a tese se mostra verdadeira.
Experiencialmente, ao que me aparece, a tese é verdadeira, porque eu já pude presenciar a diferença. Chega a ser gritante!
Portanto, por fim, e para finalizar, pessoal, Governo e iniciativa privada, deixem o povo brincar livremente na rua. Afastem essas cordas que desrespeitam o direito de ir-e-vir constitucional, fechando o espaço imenso apenas para os que podem pagar. Isso claramente fere a constituição e ainda aumenta os niveis de insegurança no carnaval.
De maneira nenhuma falo para terminar os grandes blocos. Coloca aqui uma tese ao bem estar da população, e que ainda garante a segurança dos que pagam ao bloco. Todos saem ganhando, visto que se as ‘brigas’ diminuem sem as cordas, quase não há necessidade de seguranças. Somente aqueles para não deixar que haja acidentes com o caminhão
Imitemos Recife e Rio de Janeiro.
Em algum momento no caminhar da historia demos um passo atrás,
mas nada impede que possamos dar dois à frente hoje.
Obrigado Moraes Moreira, Armandinho, Gerônimo, Margareth Menezes, Daniela, amantes do carnaval de rua, e tantos outros artistas que lutam pelo prazer quase místico de ir atrás de um trio elétrico.
Abraços a todos, e bom carnaval!