Em “Meninas Malvadas”, Cady (Lindsay Lohan) chega aos Estados Unidos e, na escola, se torna praticamente uma atração de zoológico quando todos descobrem que ela foi criada na África. A adolescente faz amizade com os freaks do colégio, mas sente a necessidade de integrar o grupo das populares. Para isso, Cady dá aquele upgrade no visual e adota roupas curtas e justas. Para completar o novo estilo, passa a fazer piadas sobre as pessoas que, assim como ela fora um dia, não se enquadram no “perfil” das populares da escola. E depois da transformação, vejam só como a garota se modernizou e começou a arrasar corações:
Nem Laney (Rachael Leigh Cook), a CDF metida a artista de “Ela é Demais”, que não liga para a aparência, escapa dos problemas causados pelos padrões de beleza impostos pela sociedade. No filme, Zach (Freddie Prinze Jr.), que faz parte do time dos populares, aposta com um amigo que conseguirá transformá-la em rainha do baile dentro de seis semanas. Durante o desafio, Zach descobre que a aparência não é a única coisa que importa e se apaixona pela garota. No entanto, à essa altura do campeonato, a confusão já está armada. Mas o final não poderia ser outro:
Assim como Laney, Mia (Anne Hathaway), de “O Diário da Princesa”, não liga muito para o que pensam sobre sua aparência. Além de extremamente tímida, a adolescente é dona de uma péssima postura e de cabelos indomáveis, entre outros “atributos”. E, para superar a feiura, prefere se autointitular “invisível”. No entanto, quando descobre que é a única herdeira do trono de Genóvia, Mia é obrigada a adotar um visual digno de princesa: alisa os fios, ganha aulas de etiqueta e surpreende sua maior rival, a popular Lana (Mandy Moore), ao aparecer belíssima no colégio. Após a transformação, até mesmo o cobiçado Josh (Erik Von Detten), que sempre foi a paixão da futura princesa, resolve dar bola para ela. No entanto, quem não gosta da “nova Mia” é Michael (Robert Schwartzman), que sempre gostou da menina, mesmo – e principalmente – quando ela era invisível.
Em todos estes filmes – e nos não-citados também -, a lição que fica sempre é: boa aparência definitivamente não é sinônimo de felicidade e sucesso. Claro que não seremos hipócritas de dizer que ser bonito e estar na moda não trazem bons resultados – sem isso, Andy não teria conquistado um espaço no mundo jornalístico; Cady seria a típica garota do interior para sempre; Laney continuaria reclusa em seu mundo de artista; e Mia, coitada!, ainda teria cabelos indomáveis e uma péssima postura.
Mas, como a maioria das coisas na vida, o segredo é encontrar o equilíbrio: acreditar que a moda e a beleza são atalhos para o sucesso não faz sentido. Mas sentir-se bem consigo mesmo é fundamental. Porque, (in)felizmente, as pessoas só passam a ver você de uma forma melhor quando você passa a se enxergar de uma forma melhor. E, se isso significar ser mais bonito e moderno: por que não?
Fonte: cinema com rapadura |