Após publicar detalhes de reunião, parlamentar é advertido pelo presidente da Câmara, Michel Temer.
Durante a reunião, convocada para tratar da pauta de votações da casa, o deputado Capitão Assumção (PSB-ES) publicou mais de 40 mensagens no Twitter. Elas registravam as opiniões dos líderes partidários sobre uma proposta de emenda constituicional que cria piso salarial para policiais civis e militar
Segundo Temer, as reuniões são sempre abertas, mas não se pode transmiti-las ou gravá-las. “Isso não é útil para a harmonia da Casa”, declarou.
Perguntado se a partir de agora os celulares seriam proibidos nas reuniões, Temer afirmou que eles continuariam a ser admitidos. “Mas deve-se ter a delicadeza de não gravar as reuniões, porque isso é coisa de araponga”, disse.
Não foi a primeira vez que um Twitter causou constrangimento a membros do governo. Em 3/2, durante reunião que deliberava sobre o Plano Nacional de Banda Larga, mensagens que davam como certa a reativação da Telebrás fizeram o valor das ações da empresa disparar na BM&FBovespa, com alta de 20% no dia.
As mensagens foram postadas pelo coordenador do programa Software Livre Brasil, Marcelo Branco. Dois meses depois, Branco afastaria-se da entidade para coordenar a campanha em redes digitais de Dilma Rousseff à Presidência.