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Entrevistando Fernanda Young: um bate-papo sobre histeria, celebridades esnobes, adoção, vaidade, culpa e outras coisas que irritam…

Fonte: ig
Fernanda Young é uma mulher inquieta. E admite que não é fácil equilibrar na balança o trabalho, o cuidado com os quatro filhos (Cecília Madonna, Estela MayCatarina e John) e ainda ter um tempo pra passar consigo mesma. Mas ela quer continuar tentando. “Quando sinto-me 100% segura, percebo que não estou mais satisfeita”, diz. E por isso mesmo faz planos sempre.

AgNews/Divulgação

Depois de cinco anos irritando e sendo irritada pelos entrevistados de seu talk show no GNT, traça novos projetos em multiplataformas: na internet, na TV, nos livros e, quem sabe, na vida real.

Quer estrear um novo reality show, escrever uma autobiografia, voltar para o teatro com seu monólogo “A Ideia”, se aventurar no cinema e ainda deixa em aberto a possibilidade de adotar mais um filho. Tudo isso em parceria com o marido, o também escritor Alexandre Machado, pra quem pergunta tudo, “mas nem sempre escuto”. Veja o que Fernanda Young tem a dizer…

iG Gente – Por que o programa acabou? De quem foi a decisão? Fernanda Young – A decisão foi minha. Porque criamos um programa realmente novo, mas o tempo tira a novidade de tudo. Cinco anos atrás apresentamos um piloto para o GNT e o canal aprovou, junto com o canal criamos o formato básico que usamos, e em toda temporada fizemos mudanças; mas chega uma hora que você já sabe o que está por vir. Nesse instante, a maioria se refestela e aproveita o sucesso. Eu não consigo fazer nada se não sentir medo. Quando sinto-me 100% segura, percebo que não estou mais satisfeita.

Como fica sua relação com o GNT?
O GNT é um canal corajoso. Entrei lá em 2002. E não me sinto saindo do canal, a não ser que eles me digam isso. Muitas das minhas ideias são cabíveis somente para um canal pago. Entretanto, não me considero cult, sei que posso ter um público mais diversificado. Mas tenho certeza que ainda faremos muitas coisas juntos, eu e o GNT. Não houve desgaste, acho que não.

Divulgação

Quem faltou você entrevistar?
Faltou entrevistar Caetano Veloso. Ele é um irritado notório. Recentemente vi umas cenas dele, em shows, entrevistas… Nossa, é muito bom quando ele se irrita. E ele pode, porque a obra dele sustenta qualquer devaneio. Mas não consegui. Não sou uma pessoa política, não o conheço, todas as vezes que o encontrei não consegui ser simpática, e não abuso de contatos pessoais. Tentamos chamar, mas nunca houve um sim. Isso foi uma falha.

Foi esnobada por algum entrevistado?
Sim, Eva Wilma, Antônio Fagundes e JR Duran, acho que eles levaram a sério que deveriam irritar.

A parceria com seu marido – o roteirista Alexandre Machado – continua em algum trabalho?
O tempo todo. Não tomo nenhuma decisão sem que ele a entenda. E tudo que eu faço tem a opinião dele. Nem sempre eu escuto, mas pergunto.

Divulgação

Qual sua maior vaidade na vida?
“Vaidade, vaidade… E o vento passa.” Eclesiastes. A coisa mais sábia da Bíblia. Tudo que fiz por vaidade, deu errado. Talvez ninguém tenha percebido. Mas deu errado para o meu crescimento pessoal.

O que acha que faz de melhor?
Romances. Sou uma mãe atenta, então creio ser uma boa mãe. E faço ótimos lanches.

E quais seus piores defeitos…
Sou crítica demais, cobro de mim e dos outros, sou possessiva e dramática.

O que, atualmente, irrita Fernanda Young?
Irrita pagar tantos impostos, sem que eles dêem em nada. Ser cobrada diariamente pelos governos, sem receber nada em troca. Irrita não dirigir nos dias de rodízio – ninguém pode me dizer quando vou sair ou não com o meu carro, que dei duro para comprar. Se me derem metrô, ok, senão, quero o meu carro.

E o que não irrita mais…
Minha mãe. Depois de muita piada a respeito da relação mãe e filha, ela entendeu que eu estava brincando, e não me irrita mais brigando comigo.

AgNews/Arquivo Pessoal

 

Que peso você dá para o trabalho e para sua família?
A minha família sabe que eu não seria feliz sem trabalhar. Então eles participam das minhas alegrias, e me ajudam quando fico esgotada. Mas eu trabalho muito e deveria ser menos agitada. Porém, isso traz benefícios para os meus filhos, eles sabem que cada viagem que fazemos foi porque trabalhamos, cada brinquedo vem do esforço… Isso cria uma ligação bacana com o ganhar dinheiro. Significa que não somos ricos, nós trabalhamos. E, afinal, rico é quem tem trabalho.

Consegue conviver com seus filhos o tanto que gostaria?
Às vezes não consigo, mas não é por causa do trabalho, é porque gosto de ficar sozinha. Esse é o maior conflito, quando não estou trabalhando, e, no entanto, não quero estar presente. Essa é uma situação que gera a culpa. Mas eu não sou uma mãe perfeita, tenho meus defeitos, e nunca escondi isso deles, nem de ninguém.

Qual a maior lição que aprendeu com eles?
O que aprendi com eles é que a realidade pode ser boa. Antes deles, tudo me parecia muito difícil, preferia viver na imaginação.

Ainda pensa em adotar ou ter mais filhos?
Em engravidar eu não penso, pois fiz tratamentos e isso me causou muito desgaste. Tenho quatro filhos, acho que se eu tivesse mais um, agora, não conseguiria dar conta. Tanto emocionalmente, quanto financeiramente. Mas não posso dizer que, daqui a dez anos, sei lá, com as duas maiores já grandes, eu não venha a ter mais um filho através da adoção. A adoção é a gestação que não depende da idade.

Quais seus planos daqui pra frente? Vai continuar na TV ou montar sua produtora?
Continuar na TV. Escrevendo, entrevistando, atuando. Fazer cinema, sem medo de errar. Para a internet, bons projetos, que façam sucesso e sentido. Voltar a encenar o meu monólogo, “A Ideia”, talvez. Escrever romances e minha autobiografia. E se tiver que eu mesma produzir, para não corromper minhas ideias, eu o farei. Há muita gente pouco criat

iva em torno de um artista que cria. Hoje em dia, fora da Globo, ou seja, entregando uma ideia para alguém produzir, eu quero saber quanto custa o quê.

AgNews
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