Os celulares – que se espalharam pelo mundo mais rápido que qualquer outra tecnologia de informação – podem ajudar a melhorar as condições de vida dos mais pobres em países em desenvolvimento, revelou um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta quinta-feira (14)
Para isso, os governos devem criar políticas responsáveis para garantir que os benefícios dessa tecnologia atinjam o maior número de pessoas de forma eficaz, disse a Conferência de Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas em seu Relatório de Economia da Informação.
Segundo o secretário-geral da Conferência, Supachai Panitchpakdi, o número de assinaturas de celular no mundo atingiu os 5 bilhões neste ano, quase um aparelho por pessoa.
Nos países desenvolvidos, a penetração do aparelho já é de mais de 100%, uma vez que muitas pessoas têm mais de um aparelho ou assinatura.
Em países em desenvolvimento, a taxa de assinaturas é de 58 em cada 100 pessoas, e cresce aceleradamente.
Já entre os mais pobres e menos desenvolvidos, a taxa cresceu de 2 para 25 em cada 100 pessoas em apenas alguns anos, segundo dados do órgão da ONU.
A Conferência revelou que os benefícios econômicos do celular, tecnologia muito mais usada nos países mais pobres do mundo que a internet ou mesmo o telefone fixo, vão além do acesso a informação. Os celulares também geraram riqueza com microempresas, que oferecem emprego para pessoas mais pobres e com pouca educação.
A chave para o sucesso no uso de celulares é o preço barato, segundo o relatório, uma lição que muitos países africanos já aprenderam, lembrou Supachai.
– A Índia nos mostrou o caminho para transformar [o serviço] o mais barato possível para que todos possam ter acesso a esse tipo de equipamento.
Fonte R7