Poderia me esgueirar com vários argumentos fundamentando a posição de que o “marxismo cultural” é um boneco de palha utilizado por demagogos para aglutinar os reacionários em torno de si, com a intenção de formar uma massa de manobra permeável a suas colocações falaciosas, mas provavelmente tal abordagem não seria bem compreendida por aqueles que persistem na cegueira ideológica.
O fato é que tal colocação seria desmentida por certas pessoas que não querem ver, nem ouvir e tampouco acreditar que esta possa ser a verdade por detrás de todo aquele discurso demagógico encampado pelos pretensos paladinos da “moral e dos bons costumes”.
É notável como tais pessoas tentam a todo custo se utilizar da distorção da posição alheia na tentativa de colocar que sua contraparte está errada na tentativa de assim poderem vender a imagem de defensores da verdade para aqueles que porventura sejam incapazes de ter um bom nível de compreensão de texto.
Pode ser que minha contraparte no debate quanto ao “marxismo cultural” também não tenha compreendido que meus textos, apesar da aparência, não visavam a atacar homossexuais, feministas, ateus e tampouco a esquerdistas.
Para começar, além de ser ateu, não tenho nada contra homossexuais e feministas, sendo que possíveis críticas a esquerda que eu porventura desenvolva estão relacionadas justamente a falta de foco das pessoas que estão nesta linha política.
Em segundo, na posição caricaturizada do primeiro texto tinha retratado de forma caricaturizada a postura do reacionário médio, influenciado por demagogos como Olavo de Carvalho, Datena, Jair Bolsonaro e Silvio Koerich por exemplo, sendo que retratei de forma debochada até mesmo a espera dessas pessoas por um “salvador da pátria”, que personifiquei na figura do Capitão Planeta.
Faltou pouco para eu colocar Darwin Awards no “prêmio” do deboche, uma vez que a argumentação pregressa da minha contraparte tinha sido de matar, dado o tamanho do desconhecimento, da parcialidade e das inverdades presentes nas colocações feitas fazendo suposições quanto a um preposto “marxismo cultural” que não existe de fato.
Tenho uma boa experiência nessa linha de argumentação nonsense, até porque durante anos fui editor na Desciclopédia e pelo visto a minha experiência neste campo não foi toda em vão, dado que consegui fazer com que o meu crítico achasse que meu deboche teria base em um suposto “desconforto psicológico”.
Pelo visto, ele sequer se deu ao trabalho de ler as postagens do meu blog pessoal, sendo que uma delas explica bem a ofensiva reacionária por trás da abordagem embasada em cima do grande mito do “marxismo cultural”, sendo que minha postura irônica e debochada tem toda a razão de ser quando se toma por paralelo o presente em tal texto.
Pelos talentos apresentados pelo senhor que faz a minha contraparte, presumo que ele será um medíocre advogado, dado que se por um lado busca a todo custo defender seus sofismas (sim, ele vê sua própria imagem refletida quando tenta me atacar), por outro ele parece não ter a devida compreensão dos textos que ele porventura utilize como base de sua defesa cega e parcamente embasada em fatos concretos.
Por isso mesmo, fica a pergunta se ele está me contrapondo a todo custo por desinformação ou mesmo por pura deshonestidade.