E finalmente, depois de longo sumiço por motivos de força maior venho a pedido de minha grande amiga e também minha chefa nas horas vagas, dona Marilucia para fazer um texto. E como ela não me pediu um assunto em especial, venho falar sobre a visita do vice-presidente americano, senhor Joe Biden.
A Gente no mundo
Acho que para início de conversa é bom destacarmos o papel que o Brasil pretende ter internacionalmente daqui há alguns. Estamos tentando uma cadeira na ONU há algum tempo — desde a diplomacia-Lula com seus altos e baixos — e agora que alcançamos mesmo o nível econômico — não social — de países como a Inglaterra por exemplo, fica claro que somos um “player global” — se bem lembro nosso PIB é maior que o russo, a até ano passado éramos maiores que a própria Inglaterra.
Devemos tudo isso, ironicamente, a preservação da economia bancária — até eu duvido! — às metas de superávit primário — não me perguntem o que é isso! — e também das tentativas sempre vitoriosas de exportações maiores que importações. No período da crise bancária-hipótecária-global vivemos do mercado interno, consumindo muito e com bastante crédito disponível — e agora nossa economia sente isso.
Como está o mundo?!
Nosso crescimento do PIB ano passado foi pífio. Mas quero lembrar que vários países europeus Quebraram — Portugal, Espanha, Grécia só para citar alguns — além do próprio EUA. EUA esses, que só agora vem ao pouquinhos recuperando sua economia. Isso mesmo, esses países que antes até tiravam “onda” com nossa cara, alguns tem hoje índice de desemprego maior que o nosso só para citar…
É querido/a leitor após o governo Lula — não me culpem! — passamos quase ilesos à crise. Mas como ela ainda está aí, a coisa anda mal pra eles e um pouquinho para nós. Masss o bem da verdade que o Brasil não cresce mais pela sua política tributaria que é um horror e seus juros altíssimos.
Sem contar que não protegemos nossos micro-empresários…Como todo país subdesenvolvido socialmente, temos problemas de corrupção muito graves, que se refletem num estado, penso eu, detentor de 50% ou mais do PIB nas mãos dele — vide os impostos nas alturas.
Ufaaa!! Hehe. Assim, algumas informações devem estar erradas, mas eu como um cara que não entende nadica de economia, enxergo a gente meio que assim. Crescemos bastante com decisões corretas mas há muito o que fazer. É nesse cenário que o vice de Obama vem nos visitar.
O que eu acho que ele veio fazer aqui…
De uns tempos pra cá, os EUA deixaram de ser nosso grande parceiro estrangeiro sem contar, a má gestão internacional de Bush e agora Obama. Aqui mesmo deixo minha conclusão: Como somos tão “grandes” — vê que coisa irônica — e como os EUA sempre nos viram como “ah aquele país que a capital é Buenos Aires” meio que eles estão tentando recuperar o tempo perdido.
É como um menino riquinho que só porque o outro mais pobrezinho comprou, trabalhando, uma bola nova, quer brincar com ele. — que metáfora em? “Olhaa vamos ser amiguinhos?!”
Destaco algumas das palavras dele:
“O resto do mundo olha para vocês com inveja” e em alguns casos com medo. Aliás, isso é natural. “Queremos vocês, precisamos de vocês” — em se falando de globalização, hoje todos somos interdependentes.
“Mas a lição mais importante que o Brasil ensinou não foram os programas sociais, que todos copiam, mas a demonstração de que não é preciso escolher entre a falsa dicotomia entre democracia e desenvolvimento, e entre economia de mercado e desenvolvimento social.”
Parece que ele rasgou seda pelo Fome-Zero, pela saída dos 40 milhões da linha da pobreza e também da nova “classe média”. Isso indica que ele fez o dever de casa sobre um país cuja capital até outro dia era “Buenos Aires”.
Ai, ai…
Eu de cá, vejo tudo com cautela. Outro dia tentaram nos colocar goela abaixo a Alca — o México está um caos muito por causa desse acordo com os EUA — e agora essa de “somos todos amiguinhos no parquinho, hihi“. A verdade que os EUA tem medo da China que vem se aproximando muito do Brasil e da África, sem contar que logo ela ultrapassará eles.
Bom..se os acordos econômicos que vierem — se vierem — forem bons para o Brasil, legal, mas mesmo assim…Há lendas sobre como os americanos tentaram impedir nossos programas espacial e nuclear. Vejo tudo com cautela. E não me engano mais com Obama — “nunca na história Daquele país” tantos aviões robôs mataram tantos civis na guerra contra o terror.
Pré-sal? Só Talvez…
Acho até legal o vice visitando uma das nossa favelas. Ele sabe fazer política de boa vizinhança. Mas somos macacos velhos nesse jogo. Sempre fomos a criança pobrezinha do parquinho, e agora que estamos melhorando, não queremos que nossa bola caia numa vala ou se perca ladeira abaixo. — Eu não quero!
Acordos..se forem justos ótimo — com nosso pré-sal nem pensar..vai que o menino riquinho pega nossa bola debaixo do nosso nariz? Mas acho difícil, impossível. Caso contrário dona Dilma encontra Obama lá na “White-House” em outubro e a gente vê no que dá. A propósito…Dilma, pra quê trazer médicos cubanos?
Abraços!