Eleitores portugueses vão às urnas em eleições presidenciais neste domingo, em meio aos efeitos da crise econômica e os riscos da crise da dívida na Europa.
As eleições presidenciais para as quais mais de nove milhões de portugueses foram convocados a votar no território continental do país começaram com a abertura dos colégios às 8h (horário local, 6h de Brasília). A votação, à qual concorre como favorito de todas as pesquisas o atual chefe de Estado, o conservador Aníbal Cavaco Silva, junto a outros cinco candidatos, termina às 19h de Lisboa (17h de Brasília), exceto no arquipélago ocidental das Açores, onde os colégios abrem e fecham uma hora depois.
As sondagens dão entre 55% e 58% dos votos para o atual presidente Aníbal Cavaco Silva, de centro-direita. Contra a tentativa de Cavaco Silva de ter seu segundo mandato, são cinco os candidatos da esquerda. O que conta com mais intenção de voto nas pesquisas é o socialista Manuel Alegre, que tem o apoio do primeiro-ministro e colega de partido, José Sócrates.
As eleições ocorrem num cenário de crise econômica. O país tem dificuldades de conseguir financiamento nos mercados internacionais, situação que fez com que o governo dirigido por Sócrates tomasse medidas duras, como o corte dos salários, aumento de impostos e redução dos subsídios de desemprego e dos apoios sociais.
Os mercados internacionais exigem juros cada vez mais altos para conceder crédito a Portugal e existe o risco de o país ter de recorrer ao Fundo de Estabilização Financeira, da União Europeia, e sofrer uma intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que analistas acreditam requerer mais medidas de arrocho.
Com informações da BBC Brasil e Época