Taxa de fecundidade no Brasil volta a crescer após sete anos, indica IBGE
Após sete anos em queda, o índice de fecundidade das famílias brasileiras, que mede a proporção de filhos por família, voltou a crescer em 2009. É que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, o índice de fecundidade subiu de 1,89 filho por família para 1,94 entre 2008 e 2009. Em série histórica fornecida pelo instituto, é possível perceber que a média de filhos por família foi de 2,33 em 2001, tendo recuado sucessivamente nos anos seguintes: de 2,26 filhos em 2002; de 2,14 filhos em 2003; de 2,13 filhos em 2004; de 2,06 filhos em 2005; de 1,99 filho em 2006, e de 1,95 filho em 2007.
A Pnad também revelou a continuidade da tendência de envelhecimento da população brasileira. Numa população estimada em 191,8 milhões de pessoas, na faixa etária de zero a 24 anos houve redução de 642 mil pessoas de 2008 para 2009. Já na faixa etária de 25 a 59 anos, o aumento no contingente foi de 1,8 milhão de pessoas. Na população de 60 anos de idade ou mais, o acréscimo de pessoas foi de 697 mil.
IBGE: mesmo após 5ª queda, Brasil tem 14,1 milhões de analfabetos
A taxa de analfabetismo do Brasil entre pessoas de 15 anos ou mais caiu de 10% para 9,7% entre 2008 e 2009, a quinta queda consecutiva. No entanto, mesmo com a queda, o percentual ainda representa um volume grande em números absolutos, somando 14,1 milhões de analfabetos no País em 2009, a maioria concentrada entre homens maiores de 25 anos na região Nordeste. As conclusões constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as regiões, o Nordeste é o destaque negativo, com taxa de analfabetismo em 18,7% em 2009, a maior do País. A segunda posição entre as regiões com maior proporção de analfabetos ficou com a Norte, com taxa de 10,6%, seguida por Centro-Oeste (8%), Sudeste (5,7%) e Sul (5,5%).
O instituto também apurou que a taxa de analfabetismo funcional, que é o percentual de pessoas de 15 anos ou mais com menos de quatro anos de estudos completos, foi duas vezes superior à taxa de analfabetismo, com resultado de 20,3% em 2009. Mas esta taxa foi menor do que a apurada em 2008 para analfabetismo funcional, de 21%.
IBGE: 60% dos trabalhadores tinha carteira assinada em 2009
O número de trabalhadores brasileiros que tinham carteira assinada em 2009 chegou a 32,2 milhões, ou 59,6% da população empregada. O total revela a entrada de 483 mil trabalhadores na formalidade no ano passado, na comparação com o cenário do mercado de trabalho do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, em 2009, quase 50% da população ocupada estava em atividades da área de serviços, como alimentação, transporte, armazenagem e comunicação, administração pública, educação, saúde e serviços sociais, entre outros. No comércio, a mão de obra ocupada era de 17,8% seguido pela indústria (14,7%) e pela construção (7,4%).
Quase metade da população ocupada no ano passado tinha pelo menos o ensino médio completo. Os trabalhadores com nível superior completo representavam 11,1% em 2009.
Fonte: IBGE, Abril Noticias