Ao longo do século XX a humanidade testemunhou a ascensão e a queda de regimes autoritários marcados pela repressão e pela violência. Alguns deles permanecem na memória como pesadelos emblemáticos, como é o caso da Alemanha nazista, liderada por Adolf Hitler.
Muammar Kadafi, o ditador com os dias contados no seculo XXI.
1. Josef Stalin, o “homem de ferro” da URSS
Stalin foi o líder máximo da União Soviética entre os anos 1920 e 1950. Antes e depois da Segunda Guerra, o “homem de aço”, como era conhecido, pôs em prática uma série de deportações, prisões e execuções de opositores ao regime comunista. Segundo informações do arquivo oficial do governo Russo, as vítimas do governo Stálin passaram dos três milhões, sendo que 800 mil pessoas foram executadas. Entretanto, historiadores russos atribuem números bem maiores – algo próximo de nove milhões de vítimas – às atrocidades que o governante cometeu durante seu tempo no poder.
2. Hitler: o pesadelo do século XX
Adolf Hitler foi um dos mais terríveis líderes totalitários do século XX. Ele ocupou o poder na Alemanha entre 1934 e 1945. Durante este período, especialmente na Segunda Guerra Mundial, suas tropas foram responsáveis pela morte de seis milhões de pessoas que Hitler considerava inferiores. Dentre as vítimas do Holocausto estavam judeus, negros, homossexuais e outras minorias que não se encaixavam no que o führer chamava de “raça ariana”, ou “raça superior”. O genocídio que o líder alemão comandou está entre os momentos de maior terror da história da humanidade.
3. Papa Doc: de médico humanitário a “bicho papão” haitiano
médico François Duvalier começou a se destacar na profissão ao lidar com questões de saúde pública no Haiti. Entre os anos 1930 e 1940, Duvalier trabalhou em hospitais da capital Porto Príncipe, ajudando a combater doenças tropicais como a malária e a febre amarela. Nessa época, era chamado carinhosamente por seus pacientes de Papa Doc (algo como “papai doutor”). Entretanto, ao ascender na política e assumir o governo do Haiti em 1957, de “papai” e “doutor”, só ficou o apelido. Duvalier aos poucos concentrou o poder em torno de si e exterminou seus opositores. Ele instaurou um governo baseado na força, exercida principalmente pela Milícia de Voluntários da Segurança Nacional. Os soldados eram comumente conhecidos como “touton macoute”, expressão em francês que remete a uma figura como a do “bicho-papão”.
4. Pinochet: o ditador que morreu no Dia Internacional dos Direitos Humanos
Augusto Pinochet governou o Chile como presidente (entre outros títulos que acumulou) entre 1973 e 1990. Depois de deixar o poder, permaneceu como chefe das forças armadas do país até 1998. Durante seu governo, o ditador se tornou conhecido pela violência. Ele foi responsável pela morte de quase três mil opositores, e prendeu e torturou mais de 30 mil pessoas. Pinochet respondeu a vários processos por violação dos direitos humanos, mas não chegou a ser condenado, já que sua saúde debilitada o impedia de comparecer às audiências. Morreu em 2006, depois de assumir a responsabilidade pelas mortes durante seu governo, dizendo que agiu com patriotismo. Pinochet morreu em 10 de dezembro de 2006, data adotada pela ONU como o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
5. Pol Pot exterminou 25% da população do Camboja em 4 anos
Saloth Sar ficou conhecido no mundo todo como Pol Pot, nome que adotou pouco antes de assumir o poder no Camboja. Pot governou o país asiático entre 1963 e 1979. Apesar de seu governo não ter sido dos mais extensos, se comparado ao de outros ditadores, 16 anos foi tempo de sobra para as atrocidades do líder cambojano. Em apenas quatro anos, entre 1975 e 1979, o regime comunista de Pot executou cerca de dois milhões de pessoas, quase 25% da população do país naquela época. A maioria das vítimas fazia parte do governo anterior: funcionários públicos, policiais, militares e professores. Outros grupos que sofreram com a perseguição e morte foram o de cristãos e o de muçulmanos. Pot é o terceiro, da esquerda para a direita, sentado na poltrona.
6. Kim Jong-II, o “líder querido” que odeia os celulares chineses
Kim Jong-II, líder da Coreia do Norte, é considerado chefe de um dos regimes mais opressores da atualidade. A figura do “querido líder”, como Kim Jong é conhecido no país, está presente em toda parte no cotidiano dos cidadãos. O governo do ditador, que está no poder desde 1994, mantém a população sob um rígido controle debaixo das exigências do partido comunista. Centenas de milhares de pessoas, inclusive crianças, já foram mandadas para campos de trabalho forçado por crimes como esconder comida ou praticar atividades anti-comunistas. Os norte-coreanos pegos tentando fugir do país, ou mesmo usando celulares fabricados na China são punidos com a morte.
7. Omar al-Bashir tem mandado de prisão em seu nome, mas continua no poder
Omar al-Bashir dita as regras no Sudão desde 1989. Ao assumir o poder, ele dissolveu o parlamento, censurou a imprensa e extinguiu todos os partidos políticos. Em 2003 al-Bashir começou uma campanha de perseguição étnica e religiosa no país africano e matou mais de 180 mil pessoas. Apesar de ter um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional, com acusações de genocídio, o líder do Sudão continua em liberdade e está no poder após ter vencido as eleições presidenciais de 2010.
8. Robert Mugabe governa o Zimbábue na base da intimidação
Robert Mugabe é o atual presidente do Zimbábue, cargo que ocupa desde dezembro de 1987. Ele já ocupava o poder no país desde 1980, quando se tornou primeiro-ministro. Em junho de 2008 ele venceu as eleições presidenciais pela sexta vez consecutiva. Seu governo é considerado um dos mais corruptos de todo o continente africano. O governante age com violência contra seus opositores, frequentemente intimidando-os por meio das forças armadas do governo. Mugabe é suspeito de estar envolvido diretamente com o comércio ilegal de diamantes no país e no continente.
9. Bashar al-Assad enfrenta uma população descontente
O presidente da Síria Bashar al-Assad ocupa o cargo desde 2000. Seu mandato começou como uma promessa de mudança, com maior abertura política, mas não foi o que aconteceu. No começo deste ano, os diversos protestos no mundo árabe fizeram com que o governo prometesse mudanças mais rápidas no sistema político. Entretanto, a lentidão para anunciar as reformas levou a população a se revoltar e sair para a rua em diversos protestos. Os opositores foram oprimidos com violência pelo goveno. O último balanço divulgado pela ONU, nesta segunda-feira, contabiliza mais de 2,2 mil mortos pelas forças militares de Bashar al-Assad.
10. Saddam Hussein protagonizou varios conflitos
Saddam Hussein deu golpe de Estado e assumiu a Presidência do Iraque como ditador, em 1979, em 1980 protagonizou a maior guerra da década entre o Iraque e o Irã, que se arrastou até 1988 que deixou um milhão de mortos, dois milhões de feridos e um prejuízo de 400 bilhões de dólares. Saddam protagonizou um novo conflito internacional ao invadir outro vizinho, o Kuwait, em 1990, este se chamou de Guerra do Golfo e o cessar-fogo foi assinado depois de mais de 100 mil mortes 1991. Os problemas com os Estados Unidos e seus aliados prosseguiram após a Guerra do Golfo, causados pelas violações ao acordo de cessar-fogo. O Iraque foi atacado, em 1998, pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido com o objetivo de “debilitar a capacidade iraquiana de produzir e usar armas de destruição em massa”. Em 2003, a coalizão anglo-americana iniciou a intervenção militar no Iraque. O paradeiro de Saddam ficou desconhecido durante vários meses até que, em 13 de dezembro de 2003, o ditador foi localizado escondido num buraco subterrâneo uma fazenda da cidade de Adwar, próxima a Tikrit. Em 5 de novembro de 2006, Saddam Hussein, 69, foi condenado à forca, considerado culpado do massacre, em 1982, de 148 xiitas no povoado de Dujail (sul do Iraque). Saddam Hussein foi enforcado em 30 de dezembro de 2006, aos 69 anos.
Com informações do Exame