E quem diria que aquele esquisitinho do Timothy se tornaria um dos diretores mais poderosos (e rentáveis) de Hollywood? Nascido no dia 25 de agosto de 1958 em plena ensolarada Califórnia – mais precisamente na cidade de Burbank – Tim Burton sempre gostou mesmo foi do lado mais sombrio das coisas.
Enquanto os outros meninos brincavam lá fora, ele preferia ficar enfurnado em casa, assistindo filmes de terror e ficção cientifica de baixo orçamento. Seu grande herói era o ator Vincent Price.
E, ainda criança, já brincava de fazer filminhos stop-motion no fundo do quintal, usando uma câmera Super 8. O primeiro registro de um curta seu, aliás, é de quando Burton tinha apenas 13 anos.
Por isso não foi surpresa nenhuma que ele tenha ido estudar animação no California Institute of the Arts assim que terminou o colégio. Pouco depois de se formar, em 1979, ele foi contratado pelos estúdios da Disney, onde começou fazendo artes conceituais. E – também sem surpresa – logo começou a chamar a atenção.
Sua estreia oficial na direção aconteceu em 1982, com o curta Vincent, narrado pelo tão admirado Vincent Price. Depois de mais dois curtas, ele foi convidado para finalmente dirigir um longa e, o mais estranho, era uma comédia que de dark não tinha nada: Pee-wee’s Big Adventure, a primeira incursão do personagem do comediante Paul Reubens no cinema.
Mais conhecido e com mais gente disposta a investir nele, Burton pode fazer na sequência outra comédia, mas essa bem mais a sua cara. Em Beetlejuice ele contou com Michael Keaton, Geena Davis e uma ainda adolescente Winona Ryder e começou a mostrar para o grande público seu estilo inconfundível.
Quase 30 anos depois do início de sua carreira, Tim Burton chega aos 52 anos de idade com um currículo invejável, uma lista de estrelas em seus filmes – e a amizade e aparentemente eterna companhia dos atores Johnny Depp, Helena Bonham Carter e do músico Danny Elfman – além de bilheterias astronômicas (mais de US$ 1 bilhão só por Alice já estaria mais que de bom tamanho).
Mas, infelizmente para os fãs, um novo filme dele só chega daqui a pelo menos mais três anos. Enquanto isso, resta torcer para que o Centro Cultural Banco do Brasil confirme a vinda da exposição com mais de 700 itens que esteve no Museu de Arte Moderna de Nova York.
A instituição brasileira prometeu, no início deste ano, trazer as obras – desenhos, pinturas, fotografias, maquetes, artes conceituais, storyboards, fantoches e figurinos – mas depois não se falou mais no assunto. Visitada por 810.500 pessoas, a mostra foi a terceira mais vista da história do MoMa, perdendo apenas para uma de Picasso, em 1980, e outra de Matisse, em 1992.
Mas se isso também não devemos ver tão cedo, pelo menos os filmes de Tim Burton estarão sempre disponíveis. E, para marcar o aniversário do cineasta, fizemos uma galeria especial com todos eles, incluindo aqueles que ele apenas produziu, mas não dirigiu.
Fonte: virgula