O homem que invadiu uma escola municipal na zona oeste do Rio e matou pelo menos 11 crianças e feriu 13 antes de morrer se aproveitou que o colégio promovia uma série de palestras com ex-alunos para conseguir entrar com facilidade no interior do prédio.
Por volta de 8h, Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, chega à escola Tasso da Silveira, em Realengo. No primeiro andar, encontra uma professora da sala de leitura que o reconhece e chega a cumprimentá-lo.
Minutos depois, ele segue para uma sala de aula. Segundo o relato da professora, ele entrou dizendo que gostaria de fazer uma palestra. Antes de responder a pergunta da professora sobre qual assunto iria falar, faz vários disparos na direção dos alunos.
Feridos, dois adolescentes, uma delas baleada na cabeça, conseguem fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas são socorridas por um bombeiro que tinha acabado de sair do quartel de Realengo.
Enquanto isso, o atirador seguia para o segundo andar. Entra em outra sala de aula e também abre fogo contra os estudantes. Desesperados, alunos e professores se escondem no auditório do escola, no terceiro andar.
O atirador sai da segunda sala de aula e é surpreendido pelo sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia Trânsito Rodoviário).
O PM correu até a escola após ser alertado pelas duas estudantes que correram busca de socorro. O sargento Wellington aponta a arma na direção do policial, mas antes de disparar é ferido no abdome. Ele cai na escada entre o segundo e primeiro andar.
Segundo o relato do sargento Alves, nesse momento ele disparou contra a própria cabeça e morreu no local.
– A sensação que eu tenho é de muita tristeza, mas ao mesmo tempo de dever cumprido.
Com ele, havia uma carta em que ele anunciava que cometeria o suicídio. Segundo a Polícia Civil também referências ao islamismo e referências a terrorismo. Ele também se dizia revoltado por ser portador de HIV.