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Jovens que saem da casa dos pais são tema de série da Band e MTV

Divulgação/Band

Vítor (Ian Ramil) é um cara que saiu da casa dos pais no interior do Rio Grande do Sul para tentar a vida sozinho em São Paulo

Molho de tomate pronto, macarrão instantâneo, lata de atum e ovo: a refeição pós-casa dos pais está pronta! Essa é a vida de diversos jovens de classe média ou média-baixa que, por alguma razão, deixam a vida regrada e confortável e passam a se virar com o que tem em uma realidade autossuficiente, mas nada glamourosa. Retratos como esse serão expostos de forma humorada na série inédita “Tô Frito” que estreou na Band nesta segunda-feira (23), após o “CQC”, e que tem reapresentação aos domingos na MTV.
Vítor, de 21 anos, interpretado pelo ator Ian Ramil, é um cara que saiu da casa dos pais no interior do Rio Grande do Sul para tentar a vida sozinho em São Paulo. No Sul, é desenhista. Na capital paulistana, vira artista gráfico. Tudo começa quando, ao chegar em SP, o jovem aluga um apartamento modesto –quarto e sala com cozinha conjugada-  na zona sul da cidade.
Essa é a vida que Vítor tem pela frente ao escolher viver numa metrópole. Já no primeiro episódio –a atração terá no total nove capítulos–, o rapaz tenta fritar um ovo, procurar emprego e conhecer uma garota. E tudo acontece de forma torta e diferente do que ele imaginava. Enfim, a primeira semana na capital termina e ele se dá conta: “Sete dias e não consegui comer nada, trabalhar e não peguei uma mulher sequer”.
A série, patrocinada por uma empresa de alimentos, marca a primeira experiência em dramaturgia na televisão de Flavia Moraes, uma publicitária brasileira que, junto com o texto do casal Letícia Wierzchowski Marcelo Pires, desenvolveu um produto televisivo de olho em um mercado que cresce a cada dia: o de adultos entre 20 e 35 anos.
Questionada sobre programas do mesmo tipo que tentam, ou tentaram, atrair este tipo de público –“Descolados”  exibido pela MTV em 2009–, e não passaram de uma ou duas temporadas, Flavia afirma que o seriado fala de jovens, mas não na balada, em festinha no apê. “O foco é a busca pela sobrevivência, pelo crescimento profissional e para se virar num cidade grande como São Paulo. Ele tenta mostrar essa realidade da pessoas que sai da casa com a cara e a coragem sem muita grana. E isso pode ser interessante e acho que será atraente às pessoas”, diz.
Um dos desafios dos atores — Ian Ramil (Vítor), Rayana Carvalho (Clara), Rodrigo Pasquali (Felipe), Johnnas Oliva (Bira), Gabriela Cerqueira (Karin), Anamaria Barreto (Dona Zenaide), Ilana Kapla (Dona Rosa), Julio Conte (Sebastião)– e dos quase 70 integrantes da equipe de produção é fazer a minissérie tornar-se de fato numa série. Para isso, Flavia e os roteiristas investiram em pesquisas e descobriram que o melhor seria exibir “Tô Frito” em dois canais: na MTV e na Band, dois canais que trabalham com humor para pessoas dessa faixa etária. “Esperamos, inclusive, que programas como o ‘Pânico’ [da Rede TV!] tirem bastante sarro dos nossos roteiros, porque aí vamos estar em três emissoras as quais os jovens assistem”, brinca Flavia.
Sobre as dificuldades de produção, Flavia destaca que a maior dificuldade foi justamente gravar tudo em ordem cronológica, um problema para a equipe de produção. “Foram dois anos para escrever e 9 semanas para produzir tudo, e começamos gravando do piloto e terminamos fazendo a última cena do último capítulo. Isso porque queríamos ver a evolução dos atores, a integração. E se fizéssemos como é de costume, gravando as cenas em ordem de interesse da produção,  não teria o mesmo resultado”, conta.

Fonte:uol

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