O líder cubano Fidel Castro criticou o presidente americano, Barack Obama, por oferecer “como um rei mago” cadeiras no Conselho de Segurança da ONU, e defendeu a presença permanente do Brasil no órgão de decisão das Nações Unidas.
Em um artigo publicado nesta segunda-feira, Fidel destaca que Obama, em sua recente visita à Ásia para as reuniões do G20 e da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), declara que Japão deve ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, e promete apoiar a Índia na mesma direção.
“Obama, como um rei mago, anda distribuindo postos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como se a ONU fosse propriedade sua. Quanto tempo ele acredita que pode manipular o mundo desta forma?”
“Ignoro se tão generoso oferecimento” também foi feito ao Brasil, que deveria representar a América Latina e, inclusive, a África no Conselho de Segurança da ONU.
Segundo Fidel, a credibilidade dos Estados Unidos está moribunda: “quando um doente está muito grave, é prática da Igreja Católica, depois da confissão, dar a extrema-unção, e foi isto o que ocorreu com a credibilidade dos Estados Unidos nas reuniões (…) do G20 e da Apec”.
“A partir de agora, não sabemos o que vem, mas talvez seja um enterro cristão ou a cremação da absurda ilusão de que é possível manter um sistema social incompatível com a vida da humanidade”, como o que Obama defende para o mundo.
A reunião do G20 sobre a guerra cambial e a crise econômica mundial terminou com “um final feliz, como nos filmes do velho oeste que vinham de Hollywood quando éramos colegiais, e este bla, bla, bla ganhou o Oscar”, ironizou Fidel.