O líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e a presidente argentina, Cristina Kirchner |
A Argentina reconheceu o estado palestino dentro das fronteiras existentes antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, informou a chancelaria do país nesta segunda-feira. O reconhecimento foi feito em uma carta pessoal da presidente argentina, Cristina Kirchner, ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, segundo o chefe da diplomacia argentina, Héctor Timerman.
A medida atende a um pedido feito por Abbas durante visita a Buenos Aires no ano passado e ocorre três dias após decisão similar anunciada pelo Brasil. “O governo argentino compartilha com seus sócios do Mercosul, Brasil e Uruguai, que chegou o momento de reconhecer a Palestina como um estado livre e independente”, disse Timerman a jornalistas.
A chancelaria argentina disse que o reconhecimento é parte de sua postura tradicional de defender “o direito do povo palestino em constituir um estado independente, assim como o direito do estado de Israel de viver em paz junto aos seus vizinhos, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas”.
“Valorizamos altamente a decisão argentina de reconhecer o estado palestino com suas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital, porque esta atitude coloca em pé de igualdade as partes envolvidas no conflito”, disse em nota o embaixador palestino na Argentina, Walid Muaqqat.
A Argentina indicou que seu reconhecimento se soma a mais de cem estados e é reflexo do crescente consenso da comunidade internacional sobre o “status da Palestina, assim como o interesse generalizado para que aconteçam avanços decisivos no processo de paz”.
O próximo a reconhecer o estado palestino sera o Uruguai em 2011