Mas o chefe da delegação americana, Todd Stern, que chegou nesta quarta-feira à capital dinamarquesa, já comentava que “o país cujas emissões estão subindo de maneira radical, realmente radical, é China, que agora é o que mais polui o mundo”.
Stern previu que a meta mundial de redução das emissões não será alcançada se a China não se tornar um agente principal nessas medidas.
Além disso, Washington descartou a possibilidade de assinar o Protocolo de Kioto, o único mecanismo legal atualmente, que contou com a adesão de 37 países industrializados. O acordo vende em 2012 e deverá ser substituído pelo negociado agora em Copenhague.
Pequim, ao contrário, insiste em que os EUA façam parte do protocolo, assinado em 1997.
Sobre isso, o secretário-executivo da conferência, Yvo de Boer, afirmou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva, que Kioto sobreviverá por várias razões, entre elas porque foram necessários oito anos para colocá-lo em vigor e porque outro mecanismo levaria tempo demais, quando agora é necessário adotar medidas imediatas.
Os EUA rejeitaram, além disso, dar um centavo de seus contribuintes para financiar o corte das emissões de gases estufa da China, um dos pontos mais complicados nas negociações de Copenhague.
Sobre o andar das negociações, que começaram no dia 7, de Boer apontou que restam dois dias antes que os ministros cheguem a Copenhague para começar a fase preparatória para a reunião de mais de 100 chefes de Estado e de Governo, entre 16 e 18 de dezembro.
O funcionário da ONU explicou que há várias opções sobre a mesa a respeito do resultado final da maior cúpula sobre a mudança climática realizada até o momento.
Uma é que a cúpula termine com um documento vinculativo que obrigue os países poluentes a diminuir sua cota de emissões de CO2 – uma opção considerada pouco provável -, ou que sua elaboração seja adiada para meados de 2010 e as negociações de Copenhague resultem em uma declaração política.