Apesar de registrar mais de 250 mortos e três mil contaminados pelo surto de cólera que afeta o Haiti, o diretor geral do Departamento da Saúde, Gabriel Thimote, afirmou neste domingo (24/10), no entanto, que foi registrada uma diminuição no número de mortes e de pessoas hospitalizadas nas áreas mais críticas.
“Importado” – Acredita-se que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do rio Artibonite. Cerca de um milhão de sobreviventes do terremoto ocorrido em janeiro desse ano estão vivendo em barracas próximas à capital, sem saneamento básico e com acesso limitado a água potável. O cólera provoca febre alta, diarreia, vômitos e desidratação.
No sábado (23/10), o presidente haitiano, René Preval, disse que as autoridades estão tomando providências para que o cólera não ultrapasse os limites do foco original e disse que o cólera teria sido “importado” de uma país que se absteve de identificar.
Especialistas dizem que essa é a primeira epidemia de cólera em um século, por isso, a população não tem qualquer imunidade contra a bactéria.
Ajuda humanitária – O Haiti pediu hoje (25/10) que a ajuda internacional que chega ao país para combater a epidemia seja coordenada com o objetivo de evitar o “caos” que ocorreu na entrega de doações após o terremoto de janeiro.
O presidente da Associação Médica Haitiana, Claude Surena, que faz parte do comitê de crise criado após o surgimento da doença, disse à Efe que os envios de ajuda devem ser autorizados pelo Ministério da Saúde. “É preciso coordenar o envio de ajuda do exterior para que não se reproduza o mesmo caos que ocorreu na época do terremoto”, afirmou.
A associação brasileira Viva Rio, com sede no Rio de Janeiro, está recebendo doações para ajudar a conter o surto de cólera. As doações estão sendo recolhidas diariamente, das 9h às 17h, na Rua do Russell, 76, Glória, Rio de Janeiro.