Está suspensa a publicação no site do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de um sistema que seria aberto nesta quarta-feira (10) para que estudantes prejudicados pelo erro de impressão na folha de respostas pudessem pedir a correção diferenciada do gabarito. O Instituto Nacional dos Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) está impedido, por liminar da Justiça Federal no Ceará que suspendeu o Enem, a dar continuidade ao processo.
A folha em que os estudantes marcaram as respostas das questões estava com o cabeçalho das provas de ciências humanas e ciências da natureza trocado. O exame teve 90 questões, sendo a metade de cada uma das áreas. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas, quando, na prova do último fim de semana, o caderno de provas trazia primeiro as questões de ciências humanas. O erro ocorreu em todos os cartões distribuídos aos 3,3 milhões de participantes.
Pelo site do Enem, os candidatos que não seguiram a ordem numérica das questões durante a marcação poderiam pedir a correção invertida. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que será aberto um processo administrativo para apurar se há responsabilidade de funcionários ou dirigentes do Inep no erro da folha de respostas.
O edital previa que um representante do instituto deveria revisar o material antes da impressão. Uma das explicações para a falha é que, na edição do ano passado, a prova tinha a ordem inversa da aplicada neste ano. O mesmo arquivo poderia ter sido usado erroneamente para 2010, sem que fosse feita a inversão dos cabeçalhos.