Após sete horas de negociação, a reunião entre o governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, e os líderes do movimento grevista da Polícia Militar terminou, por volta das 17h20 desta terça-feira (7), sem negociação. De acordo com o departamento de comunicação da corporação, não há data para uma nova tentativa de acordo.
De acordo com a assessoria de imprensa do governador, Wagner se reuniu às 10h desta terça-feira com representantes da Polícia Militar para apresentar propostas, como aumento de 6,5% de salário, mais uma gratificação por trabalho policial gradativo até 2014. O governo ainda informou que não tem condições de assumir estes aumentos imediatamente.
A assessoria ainda disse que a questão da anistia aos profissionais que aderiram à greve é o grande impasse nas negociações, já que nenhum dos lados quer ceder. Porém, as negociações com as associações de policiais militares estão avançando e, por isso, há a expectativa do fim da greve.
Houve uma negociação na segunda-feira (6), que durou mais de dez horas, porém sem acordo. Os militares ainda acampam na Assembleia Legislativa. Pelo menos dois líderes grevistas que tiveram a prisão decretada estão dentro do prédio e a Polícia Federal disse que vai cumprir os mandados.
Nesta manhã, o efetivo de militares na área aumentou para 1.038 homens. Segundo o tenente-coronel Cunha, o aumento ocorreu para que os funcionários possam transitar livremente na região. Ele também garantiu que todos os que quiserem deixar o prédio terão caminho livre.
No sétimo dia de greve, o número de mortos no Estado causado pela violência já passou de cem, segundo o boletim divulgado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado. Só na segunda, foram registrados quatro homicídios.
Com informações do R7