Lançado em Setembro na versão beta, o novo browser da Microsoft, o Internet Explorer 9, foi lançado hoje na sua versão final.
De acordo com a empresa, o browser teve 40 milhões de downloads, na soma das suas versões beta e RC (Release Candidate, que precede a final).
A empresa promete um browser mais veloz que os concorrentes. Para isso, aposta no “motor” Chakra, que faz o processamento dos códigos JavaScript (presentes na grande maioria dos sites), na aceleração por hardware, para gráficos pesados, e na segurança, por meio de rastreamento de aplicações perigosas e filtragem de códigos ActiveX.
Outra arma é a interface, mais minimalista do que nunca, nos moldes da tendência inaugurada pelo Google Chrome. “57% do tempo dos utilizadores Windows é gasto a navegar na Web. Eles querem uma experiência muito mais rica, que se aproxime da oferecida pelas aplicações, disse Osvaldo Barbosa, diretor-geral da área de consumidor e serviços online da Microsoft Brasil. “O browser não pode aparecer muito, e hoje os sites estão presos à interface”, argumenta.
De acordo com a Microsoft, o IE9 é plenamente compatível com o HTML5, embora só tenha implementado os recursos considerados estáveis. De acordo com testes da empresa, o IE9 é o mais veloz em sites com a nova norma.
Um dos destaques do browser é o recurso de “sites fixos”. O utilizador pode arrastar o ícone (favicon) ou a aba (tab) para a barra de tarefas (na parte de baixo do desktop) e “fixar” ali a página. Assim, da próxima vez em que tiver acesso, a janela do browser assume as cores do site (se isso for formatado pelo programador). Além disso, o menu associado a esse site (lista de atalhos), que surge ao colocar o mouse sobre o ícone, é dinâmico. Um site de compras, por exemplo, pode atualizá-lo remotamente para exibir as ofertas do dia, e um site de notícias exibir as mais recentes. Esses ícones/atalhos também podem exibir notificações (novos e-mails ou recados no Facebook) para chamar a atenção.
Segurança
No requesito de proteção, o IE9 traz um incremento no sistema de filtragem de sites e de aplicações presente no IE8. A versão 9 permite impedir que sites específicos façam monitorização do utilizador. Também é possível bloquear código ActiveX, que muitas vezes são usados para acessos ilegais. De acordo com Osvaldo, o IE9 é o browser que mais barra sites e downloads maliciosos – até 99% dos ataques baseados em engenharia social.
O novo gestor de downloads agora permite parar downloads e exibe a velocidade da transferência, além de um aviso de que o programa em download pode ser malware.
Nada de XP, poucas extensões
O browser não é compatível com o Windows XP. “Precisávamos de um suporte de plataforma robusto que só é oferecido pelo Vista e pelo 7”, disse Osvaldo.
Outro ponto que pode ser considerado problemático pelos “hard users” é a falta de extensões, pelo menos inicialmente. “Acreditamos que temos todas as funcionalidades que as extensões adicionam aos outros browsers”, afirma. “A grande maioria dos utilizadores querem uma navegação limpa”, diz, “ e é nisso que nos concentramos”.
De acordo com a Microsoft, no máximo de cinco semanas, o IE9 será oferecido como “atualização recomendável” no Windows Update. Enquanto isso, será preciso entrar no site www.beautyoftheweb.com para fazer o download.
Mercado
Com o Internet Explorer 9, a Microsoft espera recuperar o espaço perdido no mercado dos browsers. Desde o lançamento do seu predecessor, o IE8, em Março de 2009, a empresa perdeu mais de 10% de quota, ao contrário do Chrome que, libertado poucos meses antes, já conseguiu 11% do mercado.
Atualmente, somadas todas as versões do browser, o Internet Explorer possui 56,7% do mercado – 0,5% com o IE9, ainda em versão de testes – e é líder, apesar das sucessivas quedas. Em segundo, está o Firefox com 21,7%, seguido pelo Chrome, Safari (6,3%) e Opera (2,15%).
Fonte: Computerworld