Cinco pesquisadores argentinos da UBA e criou um plástico à base de milho e mandioca.
São usados anualmente no mundo, milhões de recipientes, embalagens e sacolas plásticas, que causam danos ambientais porque eles são feitos a partir de um petróleo não-renovável, e porque eles levam décadas para se degradar.
Portanto, mais e mais cientistas começaram a tarefa de encontrar materiais que possam desempenhar a mesma função, sem afetar o ecossistema.
Uma equipe de especialistas da Argentina encontrou exatamente isso: um tipo de plástico que é altamente resistente, mas que quebra dentro de dias se ele está enterrado e não libera toxinas.
Os cientistas do Laboratório de Polímeros e Compósitos, Departamento de Física da Universidade de Buenos Aires (UBA), juntamente com a equipe Ecomateriais Instituto de Pesquisa de Materiais Ciência e Tecnologia (Intema) da Universidad Nacional de Mar del Plata, trabalhou a partir de dois produtos renováveis: a mandioca e o milho.
Assim, combinando a fécula de mandioca com milho nanopartículas cristalinas conseguiu criar um plástico que tem capacidades semelhantes ao plástico filme tradicionalmente utilizado na cozinha.
“Em geral, os filmes produzidos a partir de amido de milho ou fécula de mandioca também têm pouca dureza e permeabilidade”, disse Goyal.
A chave do sucesso para um material mais duro e menos permeável foi a de combinar os dois tipos de amido, nas medidas certas.
De acordo com os cientistas o filme que inventou e patenteou e têm os mesmos lucros que o filme plástico clássico, pode ser usado para embrulhar alimentos ou produtos médicos, produtos farmacêuticos e cosméticos, entre outros.
Além disso, os especialistas descobriram que tem capacidade para transportar cinco quilos de peso, o que poderia ser usado para fazer sacolas de supermercado.
Mas o material não pode ser apenas na forma de filme. Também pode ser usado como um gel e aplicados em produtos a serem protegidos.
Embora ainda não tenha feito os estudos para determinar se o material é seguro para uso em alimentos, Goyal diz que todos os componentes utilizados na sua fabricação são comestíveis.
Para o cientista, o invento não só é revolucionário porque não agridem o meio ambiente. Também oferece vantagens econômicas.
“Hoje ele é usado por muitos recipientes feitos de poliácido lático, que é biodegradável. Mas os plásticos baseados em amido são muito mais baratos para produzir”, disse ele.
Existem ainda muitos testes feitos para conhecer em detalhe as propriedades deste material novo, então a equipe de cientistas espera chegar a um acordo com uma empresa para produzir em escala industrial.
Embora esta descoberta representa um avanço na busca de criar invólucros que não prejudiquem o meio ambiente, Goyal acredita que o mundo ainda não está perto de substituir o plástico tradicional.
“Eles estão desenvolvendo diversos materiais biodegradáveis, mas ainda precisava completar a fase de industrialização desses produtos”, disse ele.