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4 coisas que você não sabe sobre moedas

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Antes de mais nada, vamos combinar: nada de fazer essa cara de “não entendi”. Numismática é o nome dado à prática do colecionismo de moedas e medalhas, um dos tipos de coleção mais populares no Brasil e no mundo. Sacou? Joia! Conheça agora a penca de numismatas apaixonados, moedas malucas e histórias incríveis sobre os caminhos do dinheiro, Confira:
 4 coisas que você não sabe sobre moedas 
e só vai descobrir no Congresso Internacional de Numismática
1) Moedas podem ser muito peculiares. Para começar, esqueça essas moedas chatas feitas de cobre, alumínio ou zinco. Legal mesmo é o dinheiro fabricado com materiais estranhos, como cacau, sal, dente, algodão e até ópio. Uma vez combinado o material, dá para inovar no formato: moedas africanas gigantes, que podiam ser trocadas por esposas na África; uma coleção de peças de ouro com o tema “Doze Césares”, retratando cada imperador romano; uma moeda ateniense, super pesada e com estampa de coruja, que data do século V a.C…. até as moedas menos raras tem um charme discreto.
As “moedas presidenciais” não têm valor, mas fazem a cabeça dos colecionadores
Aliás, você sabia que, a cada Copa do Mundo, o país que sedia os jogos faz moedas comemorativas? Isso também vale para datas históricas marcantes – como aquela cédula que saiu nos 500 anos de descobrimento do Brasil, que foi impressa na Austrália – e posses de presidentes. Ou será que você não estranhou essa moeda do Obama aí em cima?

2) Tem gente que vende dinheiro e tem gente que guarda dinheiro. Um dos salões do Congresso é destinado à venda de moedas e cédulas. Mas não se engane! Por mais que você encontre colecionadores fanáticos por lá, esse público não é o alvo dos vendedores – nem do Congresso. “Queremos trazer novas pessoas para a Sociedade e para o hábito do colecionismo”, contou Hilton Magri, diretor de eventos da Sociedade Numismática Brasileira.

É por essas e outras que os preços de algumas moedas são bem acessíveis. Dá para achar uma cédula cubana de 1989, com a estampa de Che Guevara, por módicos três reais. E enquanto isso, na mesa ao lado, estão expostas algumas das primeiras moedas brasileiras cunhadas pelos holandeses quando chegaram ao país, que custam só doze mil verdinhas. Ah, as reviravoltas do mercado financeiro…

3) Colecionar é coisa de família e os numismatas levam isso muito a sério. Dá para encontrar dezenas de colecionadores e seus filhos/irmãos/sobrinhos circulando pelo evento. A ideia de tradição é tão forte na comunidade que, muitas vezes, a numismática se torna uma parte importante até demais na vida das pessoas. “A gente sai procurando moedas, é claro. É uma coisa que é para sempre, por mais que a gente venda as cédulas e as moedas. É um trabalho que não acaba, se renova todo dia, é para quem gosta”, afirmou Ramiro Matos, um dos expositores do evento, apaixonado por cédulas francesas.

4) Toda moeda tem uma bagagem histórica gigante. “A moeda tem muito disso. Cada pedacinho dela conta a história de um mundo, é uma coisa interdisciplinar, sabe? Analisando o peso daquela moeda, você sabe o quanto os gregos podiam usar de metal em cada uma, o quanto eles trabalharam no desenho delas, que são coisas realmente pequenas. Olha como isso fala pra gente sobre a economia daquela época, sobre os recursos, a cultura”.  Para os especialistas, que estão realizando um projeto de divulgação da numismática em escolas municipais de São Paulo, as moedas são as chaves mais completas de todas para acessar o passado. Quem é que vai discordar?

Se bateu vontade de ir ver estas moedas, então aproveita! O Congresso acontece nos dias 4 e 5 de dezembro no Hotel Pestana, em São Paulo (Rua Tutóia, 77), das 09 às 21h. E sabe do que mais? Você não precisa gastar um centavo para participar da festa.

Ah, para quem mora ou está passando por São Paulo e resolver ir para o VII Congresso Latino-Americano de Numismática não esqueça de voltar aqui e dizer o que achou, certo!

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