O presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, deixou o cargo depois de 23 anos no poder. O primeiro-ministro, Mohammed Ghannouchi, está assumindo as funções interinamente, segundo informou a BBC. Ben Ali, de 74 anos, era a apenas o segundo presidente desde a independência do país, um protetorado da França até 1956, e governava com poderes ditatoriais. Segundo agências internacionais, ele teria deixado a Tunísia, com destino ignorado, antes do aeroporto da capital Tunis ser isolado pelas forças armadas.
De acordo com a Voz da América, foi declarado estado de emergência na Tunísia. Reuniões estão proibidas e a polícia está autorizada a atirar nos transgressores. Novos protestos nas ruas de Tunis mobilizaram milhares de manifestantes nesta sexta-feira (14) para pedir o afastamento do presidente que, na véspera, havia anunciado que não concorreria à reeleição em 2014. Mais uma vez, houve choques com a polícia, que agiu soltando bombas de gás lacrimogêneo.
Ontem (13), Ben Ali foi à televisão dizer que “entende” os pedidos por mais liberdade de expressão e anunciou o desbloqueio de sites da internet e o fim do escrutínio sobre a mídia.
Oficialmente, 23 pessoas morreram desde dezembro, quando começou a onda de protestos contra o aumento no custo de vida e a falta de empregos na Tunísia. Organizações civis, porém, falam em, pelo menos, 60 mortos.
Fonte: pernambuco.com