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Vociferação exacerbada

Por um momento achei que poderia dar por encerrada a discussão aqui quanto a grande falácia envolvendo o suposto “marxismo cultural” quando escrevi o meu último artigo, mas pelo visto, fui inocente ao imaginar que tal debate fosse acabar tão rapidamente.

Ao acaso, notei que meu interlocutor, se utilizando de sua abundante verborragia, fez tal artigo na tentativa de desconstruir a minha posição e colocar que a mesma seria fruto de insensatez ou de cegueira ideológica, fazendo o velho jogo do pombo enxadrista.

Dentro de tal argumentação falaciosa, noto que ele tenta colocar como se a minha posição se baseasse em uma defesa a todo custo da bandeira marxista, o que é uma afirmação completamente fora da realidade.

Não obstante, ele pinta em mim a imagem de sua própria insegurança, usando a sua verborragia na tentativa de defender a todo custo a suas bandeiras, colocadas como verdades absolutas sem o devido questionamento, o que denota imaturidade e descompromisso com a busca do conhecimento quanto as causas que advoga.

É bem verdade que existe influência das posições de Marx sobre o pensamento contemporâneo, no entanto, isso não é sinônimo de que estamos sob um suposto “marxismo cultural” nos dias de hoje.

Se o tão propalado “marxismo cultural” fosse sinônimo de influência marxista, poderia se advogar igualmente que por conta da forte influência do pensamento reacionário e das posições demagógicas do Sr. Olavo de Carvalho sobre os grupos políticos de centro e de direita, estariamos passando por um processo de “olavismo cultural”, o que é igualmente inverdadeiro.

Cabe salientar que o meu interlocutor apelou, como base para a sua posição, a um escrito publicado por um dos discipulos mais radicais do Olavo, que independentemente de ter posições verdadeiras ou não, é mais uma tentativa de desviar o foco e tornar o boneco de palha defendido por ele mais palatável os leitores.

O fato de os regimes pretensamente comunistas terem sido responsáveis por um grande número de mortes nos países onde eles foram eventualmente instalados definitivamente não valida a posição defendida pelo meu interlocutor.

Sei bem que o Olavo tem encampado teorias conspiratórias exógenas como a “Nova Ordem Mundial” no intento de se colocar como um suposto “herói”, tomando espaço no vácuo político existente entre os mais conservadores e entre os reacionários em geral.

Tal teoria conspiratória que envolve os “illuminattis”, “maçons” e “judeus” a depender da versão colocada é defendida por grupos que vão da direita cristã até os ativistas de esquerda (com leve influência marxista) do “Occupy Wall Street” e do “Anonymous”, passando por grupos gnósticos relacionados ao esoterismo.

O pior é notar o grande séquito de discipulos que vem se formando em torno deste grande embusteiro, que se utiliza propositadamente de omissões e de erros crassos para reforçar a paranoia e o reacionarismo de seus eventuais seguidores.

Noto ainda que o meu vociferante interlocutor ainda apela aos já falecidos Marcuse e Dias Gomes no intento de sustentar a sua posição de defender que o “marxismo cultural” é uma realidade no nosso cotidiano, na tentativa de impor a todo custo a sua argumentação como uma verdade absoluta, bem como a jogada capciosa baseada na justificativa de que ele não teria partido para o ataque contra as feministas e o LGBTT, tentando assim desqualificar o debate.

É lamentável que toda aquela verborragia típica de uma lingua pegando fogo tenha falado muito e dito tão pouco em tantas linhas desperdiçadas que poderiam ter sido utilizadas para falar de algo mais útil, importante e de maior proveito.

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