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Repensando o Aborto a partir de alguns Ângulos.

Olá meus queridos amigos que fazem parte do Blogando Noticias, depois de alguns dias de ausência vim a cá para continuar o assunto tratado no post anterior, onde eu tratei de forma mais abrangente os temas Opinião, Lei e Moral.

Para falar desse assunto um tanto quanto difícil, o qual já começo de antemão dizendo que sou contra a sua legalização mas que não vou dizer os motivos, porque estes só aparecem a mim e fazem parte de minha crença, vou expor da melhor maneira possível os que são à favor, e um argumento muito simples depois, para que possamos pensar em conjunto.

Caso alguma informação aqui esteja errada, ficarei agradecido se alguém apontar o erro, e uma fonte para eu verificar. Comecemos

Quem e porquê defendem o Aborto.

Bom, de maneira resumida, o aborto legalizado é uma prerrogativa dos grupos feministas, os quais defendem que sendo o corpo da mulher, logo ela é a responsável pelo o que acontece com ele. Ou seja, se ela acha que não pode [psicológica e economicamente] cuidar de uma criança àquele momento, e esta nascendo de seu corpo, ela tem todo o direito de abortá-lo — até porque aqui no Brasil é cultural deixar a criança para a mãe, e o pai a deixar a esmo.

Mudanças no códico Civil
Mudanças no códico Civil

Eu diante deste argumento feminista, não digo nada. Afinal não sou mulher e jamais vou me sentir como uma, largada pelo parceiro, pela família, ou se sentindo incapaz de trazer um ser ao mundo. E tampouco julgo as que abortam, porque creio que ninguém o possa.

Outro argumento interessante, é o do cientista baiano Elsimar Coutinho, o qual eu admiro muitíssimo, pelo trabalho dele de planejamento familiar. Pois bem, ele relata que o feto ainda não tendo um cérebro, logo ele ainda não é um humano, mas algo apenas que possui sentimentos, mas não razão. Creio que isso se dê até seu terceiro mês de gravidez — justo o ponto de mudança do código civil que foi há pouco tempo levado ao senado — e a mulher não teria nenhum problema em fazê-lo.

Ele nos relata — isso é de minha memória — clínicas abortivas governamentais na época da antiga URSS, além do que, lembro dele ter dito de que nos locais onde o aborto foram legalizados, houveram uma sensível queda dos índices de assaltos, roubos, e tudo mais.

Espero que eu tenha de modo resumido e claro deixado os argumentos aqui à favor. Agora é hora do outro lado.

Repensando o irrepensável

Eu expus no texto anterior, que a opinião de cada um jamais pode ser tida como uma lei que abranja toda a sociedade — porque aquilo que aparece a cada um, remete somente a este um, ou àqueles que pensem o mesmo. Também coloquei que a ciência historicamente errou nas suas decisões quais dizem respeito a moral, a ética, a ação humana.

Colocando o caso dos cientistas que defendiam a superioridade de raça branca, e daqueles quais pensavam que a energia nuclear seria a resposta para todos os problemas da humanidade. — Por que? Porque em ambas essas vezes eles agiram conforme naquilo que acreditaram, ou seja, nas suas Vontade, e não esperaram o conhecimento em si para assentirem ou não, tais afirmações.

Lá as coisas estão mais explanadas.

Logo, se a ciência e a opinião não podem guiar a moral de uma sociedade, o peso recai justamente nos seus Costumes — nas suas Religiões as quais, apesar queiram uns e não queiram outros, guiam as crenças de quase todas as comunidades humanas — e na Filosofia.

Vimos também que os costumes mudam conforme nos mostrem que são prejudiciais à comunidade, ou seja, caso destruam alguns de seus membros, mas mesmo assim tal mudança é sofrida e demorada.

Sabemos que as religiões defendem com muito mais ênfase suas crenças e queiramos ou não, guiam os seus fieis, e a filosofia, por ser o lar histórico do estudo da moral, busca compreender sempre o ente enquanto ente, tornar universal cada um de seus argumentos.

Bom, somente com isso aqui, nós podemos contrapor os argumentos do cientista baiano, ou seja, o argumento científico dele pode estar simplesmente errado, porque toda a ciência é mutável e historicamente se mostrou falível — de que só há humanidade com cérebro — e portanto não nos serve de contraponto para levarmos ele a diante.

O Argumento Central

Recolhido à minha humildade, me utilizarei de um argumento no “estilo” aristotélico para abordar o assunto, e na verdade, este é o ponto central desse texto. Peço desculpas aos irmãos aristotélicos/tomistas caso eu erre na sua utilização — e agradeço os consertos.

Pois bem, o grande Estagirita em muitas de suas argumentações acerca do ente enquanto ente, nos explica acerca dos conceitos de Ato e Potência. Ou seja, das mudanças as quais os seres passam.

De um modo muito singelo, explico que a semente da manga, é mangueira em potência; mas mais forte do que isso, a semente da manga somente pode ser mangueira. Ela não pode ser nada, que não seja uma mangueira. Nem Macieira, nem goiabeira, nem outra coisa. E que portanto a mangueira é mangueira em Ato, ou seja, em atualidade.

De maneira correlata, eu sou um homem em ato: agora mesmo sou um homem. Um dia quando era criança, era homem em potência, e mesmo que fizesse mudança de sexo, meu cromossomo não mudaria para XX, seria sempre XY. Caso não esteja enganado, isso é o vir a ser, é o devir.

O ponto central do contra-argumento ao Aborto

Ciência é mesmo capaz de guiar nossas ações morais?
A Ciência é mesmo capaz de guiar nossas ações morais?

Sendo um ovulo fecundado já no útero de sua mãe, ele é homem em potência. Ele não será nada que não seja um homem em ato. Nem animal, nem cachorro, nem tartaruga. Esse óvulo já fertilizado e descido às trompas de falópio para o útero, caso não havendo uma intempérie da natureza, somente será um ser humano.

— falo no útero, porque métodos contraceptivos como a “pílula do dia seguinte”, pelo que os cientistas “acreditam”, ou impedem que este se coloque no útero, ou dificulta o esperma de encontrar o óvulo, ou interrompe a ovulação; ainda assim, ele é um choque hormonal ao corpo da mulher e deve ser evitado. Usem Camisinha! He, he… —

E aqui a coisa se complica ainda mais. Sendo o ovulo fertilizado um ser humano em potência — diferente do que pensa a ciênciao aborto simplesmente impede que aquele ser, seja. É como o “deixar ser” Heideggeriano. A coisa é muito engraçada, porque enquanto a mulher lutou para que pudesse ser o que tanto desejava, ou que suas aptidões a levassem a esse monte, como ser presidenta, ela era em potência cabeleireira, empresária, presidenta. Contudo, não deixar ser, um ser humano, é ainda mais grave, porque não estamos deixando ser, uma entidade que tem consciência.

Diferente de uma semente de manga que não pensa sobre si mesma, ‘a priorievitar que seja mangueira é um ato racional, evitar que o ovulo se torne, ou venha a ser um ser humano, uma entidade consciente, é algo que devemos sim discutir. Será que nós, entidades consciente estamos num patamar acima de outra entidade que virá a ser consciente?

Que terá uma Vida, capaz de pensar, agir, sentir… Sim, porque de um modo ou de outro, é mais grave do que impedir a mulher que tenha aptidão a politica, não seja elegível.  — por mais que este ovulo esteja em seu corpo.

E este argumento de caráter aristotélico é tão forte, que evitar que um ser se torne ser humano — como diz o a ciência — porque este ser humano terá mais chance de se tornar um assassino, um marginal, é o mesmo que a lenda espartana diz: Matava-se após o parto a criança que não fosse forte, que não fosse sadia, ou seja, que não fosse apta para a sociedade.

Leis Humanas
Leis Humanas

Estaremos voltando a tempos que Tínhamos de lutar pela sobrevivência para comermos a cada dia? Será que não estaremos agindo como os nossos ancestrais, porque a criança que deve ser abortada, não terá condições de viver na nossa sociedade, e logo, se tornará um assassino, um deliquente? Será que não estamos prejulgando, quando somente podemos dizer com certeza: Se tornará um Homem.

Creio que este argumento suplanta mesmo o meu contra as certezas morais da ciência, fortifica o Costume — porque é costume da nossa sociedade não gostar de abortos — e mesmo a Religião. E eu, o que penso sobre isso? Penso que minhas crenças não importam muito, mas que uma lei, uma atitude universal cuja atinja a todos deve ser vista com muita cautela. Porque como eu disse, Atinge a Todos.

E você leitor, ou minha querida amiga leitora, que é a mais atingida aqui no assunto, o que pensa sobre isso? Concorda, não concorda, como se sente? Abraços a todos, o próximo texto tratarei da maioridade penal!

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