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Proibida, guerra de espadas acontece em Cruz das Almas


A decisão judicial que manteve proibida a guerra de espadas durante o São João, no município de Cruz das Almas (no Recôncavo, a 145 km de Salvador), não foi suficiente para inibir os adeptos da perigosa brincadeira na noite de São João. Não houve a tradicional batalha com fogos de artifício no centro da cidade, mas grupos de “guerreiros” se enfrentaram em ruas periféricas na noite de quinta-feira (23). Na Delegacia de Polícia local, as manifestação foram minimizada. Policiais de plantão informaram que houve queima de fogos, ‘sem batalha’. Moradores da cidade acreditam que a brincadeira deverá voltar a repetir-se na noite desta sexta-feira, embora a polícia tenha anunciado a disposição de reprimir os “guerreiros”, inclusive realizando prisões em caso de flagrante, em atendimento à determinação da Justiça. Na avenida Alberto Passos, situada na área central, onde as batalhas costumavam acontecer, os pedestres transitaram livremente na tarde e na noite de quinta (23), sem medo, nem riscos. “Em anos anteriores, neste horário, ninguém mais poderia andar pelas ruas do centro. As donas de casa ficavam trancadas em casa, até acabar a guerra.

A cada ano, as espadas passaram a ser mais agressivas e destruidoras”, informou no final da tarde de quinta-feira José Claudio de Santana, que trabalha na avenida Alberto Passos. A expectativa é que as espadas voltem a ser queimadas na noite desta sexta-feira, pois é grande o estoque de espadas em mãos dos “guerreiros”, que costumam se preparar antecipadamente para a perigosa brincadeira. Primeira instância – A polêmica começou há uma semana, quando a juíza Luciana Amorim, da comarca de Cruz das Almas, acatou a ação do Ministério Público Estadual que pediu a proibição da guerra de espadas. A Prefeitura foi notificada da decisão, em primeira instância, no dia 17 de junho. O Executivo municipal recorreu ao TJ, contestando a decisão da juíza. Mas o Tribunal de Justiça referendou a decisão tomada pela juíza Luciana Amorim.

Para alimentar ainda mais a polêmica, antes da decisão pelo TJ, a Câmara de Vereadores do município aprovou nesta segunda-feira (20) uma lei que disciplina a guerra de espadas na cidade. O projeto de lei aprovado, de autoria do vereador Antonio Paulino do Nascimento (PMDB), prevê os dias de queima de espadas e os locais adequados para acontecer a guerra. Para o Ministério Público, a delimitação de áreas para a ‘guerra’ não é suficiente para garantir a integridade da população. Anualmente, a guerra de espadas deixa dezenas de feridos. Há casos de pessoas mutiladas. No entendimento do MP, cabe aos órgãos públicos reconhecer os danos causados pela tradição e preservar a integridade física dos moradores do município.

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