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Opinião, Lei e Moral

Olá amigos e amigas do querido Blogando Noticias. Sei que estive ausente esses dias, mas é que andei tendo percalços bem complicados, ademais o assunto que vinha protelando em tratar aqui — e os posteriores — é de uma seriedade imensa; sem mais delongas, tentarei falar sobre, Opinião, Lei e Moral — obviamente.

Começando do começo; é claro e sabido, que todos nós temos nossa própria opinião acerca dos assuntos que nos interessam. Isso é o que nos diferencia do próximo, visto que todos nós podemos pensar coisas diferentes, e isso não diminui em nada nossa irmandade.

Consciência

O ponto principal é, que por cada um de nós pensarmos, e pensarmos coisas diferentes, é realmente impossível tomar a opnião de uma única pessoa como uma lei irrevogável, ou um tratado cientifíco.

Cada pessoa somente fala e algumas vezes age, perante aquilo que lhe aparece, no momento em que aquilo lhe aparece; em outro momento, aquilo que era A, pode ser um A+, ou mesmo um B; exemplificando, numa hora nós pegamos uma cadeira para sentar, mas n’outra, podemos usar a cadeira para pegar uma coisa num lugar alto.

A mesma coisa se dá com nossa opinião. A depender dos argumentos expostos, podemos sim, uma hora pensar que uma coisa é verdadeira, e em outra hora, pensar que a mesma coisa é falsa. Logo, e como cada membro da sociedade pensa coisas diferentes, ratificando a conclusão acima, ninguém pode tomar sua opinião como sendo algo universal; sua ideia de algo, só convém, àqueles que pensam o mesmo — como no caso de dois amigos/enamorados — ou para aquele que pensou na coisa.

Até aqui acho que nada de dificuldade, porque afinal, temos o direito de ter nossa própria ideia acerca das coisas, como numa “metamorfose ambulante”; continuando, então, o que poderíamos usar para termos uma ideia universal de algo, algo que fosse aplicado não apenas para mim — que tem uma opinião — mas para você leitor, que por exemplo, não gosta de ‘heavy metal’ como eu.

O que poderia ser capaz de ser aplicável a mim, e a você leitor, para dirigir a nossa ação perante o nosso próximo?

Ora essas, é claro e obvio que a ciência poderia ser aquela, que aferiria a partir de suas premissas, uma conclusão universal, que valesse tanto para mim, quanto para todos os outros seres humanos. O problema, é que aonde a ciência se ‘meteu’ a nivel da ‘ação’ humana, ou seja, no nível da moral, os resultados não foram bons.

Temos como exemplo a época em que a ciência ‘pensava’ — ou os seus cientistas Queriam pensar assim — que o homem negro era inferior ao branco; ou o uso indiscriminado de energia nuclear, utilizando-a mesmo em bombas numa guerra; a proliferação dos meios científicos para melhor vencer uma contenda — e isso vem desde Arquimedes!; a tentativa da clonagem humana…

humanidade e gaia

Temos diversos exemplos em que a Conclusão da ciência, se mostrou
falsa, porque era delineada perante a Vontade de seus pesquisadores. Ou seja, em palavras mais simples, as pesquisas eram usadas ao prazer daqueles que pesquisavam. Logo, assim como descrito em todos os casos acima, onde a Ação Humana está envolvida — afinal, a ciência ajuda a montar como vemos o mundo, — ela não é de todo capaz para delimitar a nossa ação.

Mas estou aqui falando de ação, ação-humana…Do que estou falando?
A ação humana é a moral. O que alguns chama de ética — na verdade, ambas as palavras têm a mesma raiz grega, ethos — que é a morada do homem. A casa do homem. Onde o homem é homem de fato. É pela moral que nos distinguimos de outros animais por exemplo.

Então, o que pode delimitar a nossa Moral, ou melhor dizendo, o que pode ser universal, para todos nós, sujeitos agentes, perante as nossas ações? Vimos que a opinião não é assim capaz, afinal, cada um pensa uma coisa, e age conforme sua cabeça e seu costume; vimos que as conclusões morais da ciência, se utilizando de suas premissas — como energia nuclear gera muita energia, pode destruir muita coisa — geram conclusões precipitadas — podemos usar a energia nuclear em guerras.

O que é capaz de promulgar as Leis? Temos aqui uma pergunta crucial, e que tentarei responder de um modo pouco habitual. Ora, agimos não somente conforme a nossa vontade, mas conforme o costume da família/sociedade em que vivemos. Esses costumes, porque nascemos neles, acabam fazendo parte de nós, e bem sabemos o quão difícil é largar um hábito — como deixar de comer farinha para um baiano, massa para um paulista, fumar para um fumante.

Esses hábitos, ou costumes, permitiram nossa sociedade continuar viva apesar de tudo; e os costumes que ajudavam a nos destruir, foram e são, continuamente largados ou mesmo ‘mal-vistos’ com o passar do tempo — como fumar, que um dia já foi bonito, mas que por destruir o fumante, agora é visto com maus olhos. Assim como tantos outros.

Outros dois fatores, o primeiro, mais aberto aos olhos, por lutar pelas suas crenças, e o segundo sempre mais escondido, na maioria das vezes por ser de dificil compreensão, mas sempre utilizado pela ciência, como a psicologia, a biologia, a medicina, a física…O primeiro fator, que creio eu, é também ligado ao costume de uma sociedade, é sua religião. O segundo, é a filosofia vigente de uma sociedade/época.

No caso do primeiro fator, a religião age sempre como bastão a moral humana, como dizendo que agir assim é ruim, e você será castigado, ou aquilo outro é bom; cada religião prega sua doutrina — e eu como teísta, me isento de colocar aqui, o que me aparece — mas é claro e obvio, que apesar de haver contra-argumentos fortes contra ela, acerca da moral, ela participa sim das decisões de cada um.

No caso da filosofia, temos algo mais complicado. Vou aqui pegar um exemplo que lembro, e vou tratá-lo da maneira mais singela possível, porque não sou um total sabedor — sei pouco na verdade.

Falo da moral cartesiana, exposta nas Meditações, aonde o filósofo nos diz, que a vontade — ou seja, aquilo que assentimos, que queremos — deve sempre vir depois, do nosso conhecimento. Ou seja, somente devemos dar certeza, àquilo que é sem dúvida verdadeiro. E isso se aplica a ação — porque é universal, todos nós podemos fazer assim.

Homer, homer...

Sendo mais abrangente — como alguém que não-sabe mesmo — temos o dever racional de Kant, a moral aristotélica da justa-razão, de agir e tornar um hábito como o homem bom age, o estudo da moral empreendido por Sócrates… Enfim, não conheço todos os grandes filósofos aqui, e menos ainda o grande Cartesius, mas expus o pouquíssimo que sei, para exemplificar como é tratado o estudo da moral na fonte.

Pois bem, Opinião e Ciência incapazes de nos dar as Leis para nossa Moral, só nos resta, como diz o Estagirita, o saber que tem como fim o saber, e os próprios Costumes de uma sociedade — e com estes, suas devidas religiões — para delimitar nossa Moral.

Agora, aonde nossa conclusão pode ser aplicada?
Vimos há poucos dias a discussão do aborto. Temos sempre em voga a maioridade penal aqui no Brasil. O como tratar os mais velhos — que são mais perfeitos que os jovens, porque têm mais experiência. Não matarás; agir conforme a honra. Conforme o bem. Ou ao que lhe aparece, perante o seu caráter.

N’outro post, tentarei falar um pouco do Aborto.
Abraços.

ps: Não fiz uma diferenciação entre Lei [Tratado] e Moral, por não achar necessário. De certo, que nos ajuda seguir uma Lei, se a Moral [o costume] em voga perante uma comunidade, lhe der força, ou se essa Lei procurar ser ‘justa’ diante duas partes conflitantes, por ser perante ambas, universal.

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