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O desembargador Douglas Evangelista Ramos, assume o governo do Amapá

No segundo dia depois de assumir o cargo de governador do Amapá, o desembargador Douglas Evangelista Ramos, que até sexta-feira era presidente do Tribunal de Justiça do Estado, anunciou a suspensão dos pagamentos a serem feitos pelo governo do Estado nos próximos dias até que as contas sejam analisadas por funcionários de sua confiança.
Na terça-feira (segunda-feira é feriado no Amapá), técnicos que trabalhavam na área de finanças do TJ do Amapá assumem a fiscalização dos pagamentos feitos em todas as secretarias estaduais para evitar gastos suspeitos.
Nenhuma decisão de secretariado será tomada sem aval dos técnicos e do governador interino. “É uma intervençãozinha branca”, disse ao Estado o desembargador Ramos. “Não podemos suspender tudo porque tem merendeira para receber, contas de emergência que não podem deixar de ser pagas. Mas essas a gente sabe que são pagamentos corretos”.
A confusão no Estado do Amapá começou na última sexta-feira, 10, durante a operação Mãos Limpas, feita pela Polícia Federal. Foram executados 78 mandados de busca e apreensão e pelo menos cinco pessoas foram presas temporariamente.
Os presos foram o ex-governador Waldes Goes (PDT), que havia deixado o cargo em abril para concorrer a uma vaga ao senado, o atual governador do Estado Pedro Paulo Dias (PP), o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Julio Miranda, além da primeira dama, Denise Carvalho, e da e ex-primeira dama, Marília Góes.
Eles são suspeitos de integrar quadrilha que desviava recursos públicos do Estado em valores que podem chegar a R$ 300 milhões segundo estimativas da Polícia Federal.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser renovada por outros cinco. A extensão da prisão só ocorre em caso de Superior Tribunal de Justiça decretar prisão preventiva dos acusados. “Não temos ainda o total e o nome de quem está preso. A superintendência da Polícia Federal ficou de nos passar o nome até terça”, disse o desembargador.
Ontem a confusão política na cidade era grande. Correligionários do governador preso, que é candidato a reeleição, se reuniram com bandeiras e trio elétrico e continuavam a campanha. Os outros concorrentes ao governo, Lucas Barreto (PTB), Camilo Capiberibe (PSB) e Jorge Amanajás não suspenderam as atividades de campanha. Na sexta-feira, durante as operações, eles participaram de um debate eleitoral em uma universidade local e evitaram tocar no assunto.
Como mais de 600 policiais estavam na região, nomes que haviam sido chamados para serem ouvidos pela PF ou cujas casas foram visitadas apareceram em listas de supostos presos. Casos como os dos secretários estaduais da Saúde, Educação e Comunicação, citados como detidos, foram ouvidos e liberados na mesma hora. Reassumem na terça. Para serem acompanhados de perto pelos técnicos do desembargador.
Estadão
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