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Cadê o acento que estava aqui?

Hoje vou publicar um artigo bem interessante e divertido sobre o novo acordo ortográfico, intitulado de `Cadê o acento que estava aqui?` escrito pela Ana Luísa Freitas.

Algumas coisas me irritaram bastante nesse Novo Acordo Ortográfico. A queda do trema foi um choque tremendo, mas logo me acostumei à ideia. E esta pobre coitada, a ideia, também me rendeu algum sofrimento, porque o acento agudo que antes existia sobre ela me lembrava sempre aquela imagem da lâmpada que acende quando se tem uma boa ideia. E, agora, cadê!?


Mas o que me irrita mesmo é a queda do acento diferencial de “para”, que distinguia o verbo da preposição. Em vários contextos, admito, ele é desnecessário, mas e quando a sentença é como esta manchete do portal da Globo.com?

Homem armado para protesto em Salvador“.

A partir dessa construção, é impossível saber se ele pôs fim ao protesto ou se ele se armou com a finalidade de ir ao protesto. Lendo a matéria, descobrimos que ele assustou os manifestantes ao saltar armado do carro. Intimidados, os manifestantes pararam o protesto e abriram espaço para que o homem armado passasse.

Talvez esses contextos confusos sejam minoria, talvez a manchete do portal pudesse ter sido melhor redigida, mas talvez o acento pudesse mesmo ter permanecido.

Para quem não estava sabendo:

Antes de o Novo Acordo Ortográfico ser assinado, o verbo parar recebia um acento diferencial no primeiro “a”, quando flexionado na 3ª pessoa do singular (ele/ela/você) do presente do indicativo, ou na 2ª pessoa do singular (tu) no modo imperativo. Agora o acento agudo não existe mais para distinguir o verbo e a preposição e confusões como essa da manchete acabaram por se tornar mais fáceis de ocorrer.

Ana Luísa Freitas, Mestranda em Linguística e Língua Portuguesa
Blog Linguageiro

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